na medida em que me iludo
Tenho sensações buscadas
nas quais sinto a irreal satisfação
das contradições.
Aqui, nos momentos em que como
respostas mal digeridas,
Faço horas passadas do avesso,
Sou sala para amores que são,
do avesso, mal passados.
Do amor é que tomo impulso...
Dessa dor, amanheço meus dias
Consigo ainda achar sentido,
mesmo quando me pergunto
onde depositar sentidos perdidos.
Os outros, sei bem,
lançam seus sentidos ao futuro
Esse presente distante.
O meu presente...
Este também é agora passado,
vez ou outra, mal passado.
Onde sintetizarei meus valores,
meus amores e algumas dores?
Vou-me instituindo até onde der.
E entendendo a quem deixa de ir,
pois se há algo que não faz sentido
é seguir sem o principal impulso.

