quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Rabisco Sentido

Rabisco letras pra explicar o que não sai,
o que não digo, o que não canto.
No canto escrevi o que disse,
não na fala, não na poesia.
Foi noutros dias, quando na fantasia,
numa entrelinha lhe sorri.
Agora tem uma dança de letras,
um monte de coisas, uns discos e cartas.
Mas nada inteiro, nada além da taça.
O rabisco sentido do que desejo,
enquanto escrevo não dá pra sentir.
Certeza de tanto, agora busco,
ainda admirando a incerteza.
Intensa sei que é qualquer força de partir.
Por isso sou cheiro de vida, fico em cada instante
Meu peso de luz, leveza e coragem
Em vontade de sorrir
Não quero nunca ser distante
Quando uma porta abrir.



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