Olhei ao redor e vi paredes,
muros pedem limites de espaço
Regras param e pedem a régua,
medidas tomam palavras
Palavras paradas pedem que pare.
A expressão não existe se é
parada
Parada pede: não vá a curva.
Na esquina estranhos não falam
Espaços existem... ocupados chãos.
Pessoas em espaços vazios
preenchem
O vazio da fome não,
A fome preenche de dor.
Regras
pedem: respeite
E não existe o respeito a quem pede.
Ai de mim se não
fossem os meus muros que derrubei,
ai daquele que não experimenta alguma ousadia.
Seguir moldado é ir a morte...
Lei natural ou construção empurrada?
Vá até a palavra não dita, no espaço que não existe.
Ao seu redor o espaço é seu.
Muros derrubados fazem espaço,
paredes construídas fazem espaços.
Construa paredes.
Espontâneas construções
fazem o mundo.
A comunicação moldada não é espontânea.
Autenticidade existe se tens.
Ai de mim se não acessasse a
arte,
ai de mim se não pensasse!
Pense na palavra não dita.
Em cada palavra não dita deve
haver alguma interrogação.
Ai de mim se não fosse essa duvida.
Acesse a palavra dita. Mas o que é?
O que é esse chão? Onde vou, no que construo nesse
chão?
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