Se aquietou o mundo
E tudo aqui dentro é energia contínua
Disparada a mover-se no tempo
Continua, em mim, a seguir sem volta,
feito o incenso e queimar sem retorno.
Se aquietou em silêncio,
a voz que perdida nas ruas,
encontrou-se no semblante inquieto
na gritaria da vida em mordidas cruas.
Se aquietou a sombra do choro dos que partidos
de saudade perderam-se aos prantos
e prenderam-se nas mãos
de quem controla qualquer desencanto.
Aquietou o olhar aquele que notou
os sonhos de quem tem vida e sorri.
Aquieta-te também neste presente dado- o agora-
que é aí se faz a razão do que procuras.
Aquietaram-se sorrisos mal notados,
de camuflados abraços,
inquietou-se a insônia, energia fluída,
mente constituída em luta, que vem e passa
O que jamais passa são as horas
(esse movimento vital não escolhido),
na sedenta e voraz pressa ilusória.
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