Se aquietou o mundo
E tudo aqui dentro é energia contínua
Disparada a mover-se no tempo
Continua, em mim, a seguir sem volta,
feito o incenso e queimar sem retorno.
Se aquietou em silêncio,
a voz que perdida nas ruas,
encontrou-se no semblante inquieto
na gritaria da vida em mordidas cruas.
Se aquietou a sombra do choro dos que partidos
de saudade perderam-se aos prantos
e prenderam-se nas mãos
de quem controla qualquer desencanto.
Aquietou o olhar aquele que notou
os sonhos de quem tem vida e sorri.
Aquieta-te também neste presente dado- o agora-
que é aí se faz a razão do que procuras.
Aquietaram-se sorrisos mal notados,
de camuflados abraços,
inquietou-se a insônia, energia fluída,
mente constituída em luta, que vem e passa
O que jamais passa são as horas
(esse movimento vital não escolhido),
na sedenta e voraz pressa ilusória.
De encontrar e desencontrar-me, sou em contos, em cantos, encantos. Sou a vontade de abraços. Sede de ser. Sou presença de mim. Porque sou este momento. Sou meus olhos, minha pele, minha alma, minha voz. Sou minha. Por ser tanto de mim, digo muito do que sinto em algumas linhas.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Sobro em mim
Dentro deste corpo,
Sou vontade maior que chegada
Não me cabe, sou maior
Aqui não me tenho a vontade
Nesta pele tão nua, mal maquiada
Em banho ou suor
Sou fronteira de mim mesma
Minha própria construção
Sensibilidade exagerada
Neste corpo em idade atrasada,
num mundo meio panifóbico
De pessoas astutas, meio afobadas.
Tenho, de certeza, umas dúvidas
num caminho à algum fim.
Neste corpo, buscando amores,
Encontro ainda o ar delicado do amanhecer.
Um caminho de pedras
onde outros que não se cabem,
mas nem se sabe e nem cabe a mim saber.
Sou vontade maior que chegada
Não me cabe, sou maior
Aqui não me tenho a vontade
Nesta pele tão nua, mal maquiada
Em banho ou suor
Sou fronteira de mim mesma
Minha própria construção
Sensibilidade exagerada
Neste corpo em idade atrasada,
num mundo meio panifóbico
De pessoas astutas, meio afobadas.
Tenho, de certeza, umas dúvidas
num caminho à algum fim.
Neste corpo, buscando amores,
Encontro ainda o ar delicado do amanhecer.
Um caminho de pedras
onde outros que não se cabem,
mas nem se sabe e nem cabe a mim saber.
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Sonhos em caos
A época atual está para sair de moda
Os relógios não têm tempo para isso
Manifestos estão soltos pelas ruas
Mãos soltas, em festa
Nessas solidões não nos cabem
Não cabem os sonhos aqui
Quebraram tudo
Telhados agora estão do avesso
São egos gritando por olhares
Olhares não se cruzam
Não quero ficar aqui
Meu relógio quebrou...
Não quero dormir.
Me leve com você,
vamos desvendar os olhos
Parar o tempo, reparar o toque
É só querer é fazer.
Enquanto dormem, enquanto explodem
Já imaginou se fossemos maiores
que a multidão?
É só querer, reviver o amor
é só viver pra ver.
Os relógios não têm tempo para isso
Manifestos estão soltos pelas ruas
Mãos soltas, em festa
Nessas solidões não nos cabem
Não cabem os sonhos aqui
Quebraram tudo
Telhados agora estão do avesso
São egos gritando por olhares
Olhares não se cruzam
Não quero ficar aqui
Meu relógio quebrou...
Não quero dormir.
Me leve com você,
vamos desvendar os olhos
Parar o tempo, reparar o toque
É só querer é fazer.
Enquanto dormem, enquanto explodem
Já imaginou se fossemos maiores
que a multidão?
É só querer, reviver o amor
é só viver pra ver.
Trago
Saiba que trago
Trago comigo as marcas de cada alegria
Trago a vida e cada sorriso
Trago vazios e estou cheia
Trago o que sinto em poesia
Trago o que deixei no caminho
que trago para me sentir
nestes lindos e tristes dias.
Trago ainda leveza a quem queira
tragar, em prozas, um verso como grito
ou euforia.
Trago comigo as marcas de cada alegria
Trago a vida e cada sorriso
Trago vazios e estou cheia
Trago o que sinto em poesia
Trago o que deixei no caminho
que trago para me sentir
nestes lindos e tristes dias.
Trago ainda leveza a quem queira
tragar, em prozas, um verso como grito
ou euforia.
sábado, 19 de novembro de 2016
Cores que navegam
Engarrafado esteve o tempo
E presa a liberdade
E ainda era possível navegar
Libertadas as horas,
o oceano podia respirar
Quebraria garrafas para libertar o vinho
que dá cor ao teu barco
Antes, quebraria, de mim,
a cor da pressa
Ou qualquer notícia velha...
Porque da garrafa sou a música
- vento cantante- buscando navegar
Engarrafei grades para desprender o amor
Enganei minha pressa,
Bebi liberdade e era furta-cor.

E presa a liberdade
E ainda era possível navegar
Libertadas as horas,
o oceano podia respirar
Quebraria garrafas para libertar o vinho
que dá cor ao teu barco
Antes, quebraria, de mim,
a cor da pressa
Ou qualquer notícia velha...
Porque da garrafa sou a música
- vento cantante- buscando navegar
Engarrafei grades para desprender o amor
Enganei minha pressa,
Bebi liberdade e era furta-cor.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Lua insone
Apesar de toda insônia
Encontro algum conforto
Em meu quarto.
Daqui vôo longe,
apesar de todo chão.
Encontro algum conforto
Em meu quarto.
Daqui vôo longe,
apesar de todo chão.
Insônia é chão...
Mas é a lua quem me leva.
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
Tempo
Senti amores no tempo
Vi flores, noticiarios,
melodias, confusões.
Vi escritos passando
Vi cores nos olhos
Senti, no amor, a dor de causas
Passam relógios. O tempo não.
O que sinto é dor do que não vem
As cores não inventadas
Dor do silêncio pontual de quem não fala.
A fala das estações de quem não vê
Corpos andam em construção
Muros alcançados em si
Para barrar amor na multidão.
Dança dizendo da lua em Marte
Pra encarar o charme do tempo
Chamando de solidão.
Vi flores, noticiarios,
melodias, confusões.
Vi escritos passando
Vi cores nos olhos
Senti, no amor, a dor de causas
Passam relógios. O tempo não.
O que sinto é dor do que não vem
As cores não inventadas
Dor do silêncio pontual de quem não fala.
A fala das estações de quem não vê
Corpos andam em construção
Muros alcançados em si
Para barrar amor na multidão.
Dança dizendo da lua em Marte
Pra encarar o charme do tempo
Chamando de solidão.
sábado, 12 de novembro de 2016
Interrogação medida
Olhei ao redor e vi paredes,
muros pedem limites de espaço
Regras param e pedem a régua,
medidas tomam palavras
Palavras paradas pedem que pare.
A expressão não existe se é
parada
Parada pede: não vá a curva.
Na esquina estranhos não falam
Espaços existem... ocupados chãos.
Pessoas em espaços vazios
preenchem
O vazio da fome não,
A fome preenche de dor.
Regras
pedem: respeite
E não existe o respeito a quem pede.
Ai de mim se não
fossem os meus muros que derrubei,
ai daquele que não experimenta alguma ousadia.
Seguir moldado é ir a morte...
Lei natural ou construção empurrada?
Vá até a palavra não dita, no espaço que não existe.
Ao seu redor o espaço é seu.
Muros derrubados fazem espaço,
paredes construídas fazem espaços.
Construa paredes.
Espontâneas construções
fazem o mundo.
A comunicação moldada não é espontânea.
Autenticidade existe se tens.
Ai de mim se não acessasse a
arte,
ai de mim se não pensasse!
Pense na palavra não dita.
Em cada palavra não dita deve
haver alguma interrogação.
Ai de mim se não fosse essa duvida.
Acesse a palavra dita. Mas o que é?
O que é esse chão? Onde vou, no que construo nesse
chão?
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Energização em Marte
Vou contra enrijecidas verdades
Não te conheço, nem ao que diz
não dependo do mundo pra ser prazer
Pouco preenche a sua palavra de giz.
Tenho um bocado de amigos
Sigo com meus instintos em movimento
Meus escritos, minhas marcas
riscos n' alma, no corpo, meu chão, meu templo.
Me entrego ao mar
para me derramar na estrada
para ser, na brisa, solidão,
no pique da vida e esconde da morte,
acontecer em partida e chegada.
Escrevi com álcool o que fui, o que sou
Para que fuja de mim, na ressaca de um amor,
Essa brisa vazia de ardor
Pois sou resposta inacabada,
sou rabiscos de uma alma
pouco questionada,
na dança torta, calor vivido em potencia,
fuga de dor.
Não te conheço, nem ao que diz
não dependo do mundo pra ser prazer
Pouco preenche a sua palavra de giz.
Tenho um bocado de amigos
Sigo com meus instintos em movimento
Meus escritos, minhas marcas
riscos n' alma, no corpo, meu chão, meu templo.
Me entrego ao mar
para me derramar na estrada
para ser, na brisa, solidão,
no pique da vida e esconde da morte,
acontecer em partida e chegada.
Escrevi com álcool o que fui, o que sou
Para que fuja de mim, na ressaca de um amor,
Essa brisa vazia de ardor
Pois sou resposta inacabada,
sou rabiscos de uma alma
pouco questionada,
na dança torta, calor vivido em potencia,
fuga de dor.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Uma alma no espelho
Olhou o espelho despenteada
Sem sorriso selecionado,
sem a roupa, óculos ou sapatos.
Uma auto percepção
É a raíz castanha, são os cílios borrados
Iniciadas olheiras choradas
estrias surgidas em curvas desenhadas.
olhar ao natural
Espelho embaçado na
alma de quem sentiu
de dor a amor. construtora de histórias.
Queda em si.
Embaraços quase sempre
camuflados em cores expressadas
Agora contato de quem é.
Escuta do miocárdio.
É o choro visto do alto de si
choque de choro e cura,
rio na alma, luz e lama.
Conexão.
Sem sorriso selecionado,
sem a roupa, óculos ou sapatos.
Uma auto percepção
É a raíz castanha, são os cílios borrados
Iniciadas olheiras choradas
estrias surgidas em curvas desenhadas.
olhar ao natural
Espelho embaçado na
alma de quem sentiu
de dor a amor. construtora de histórias.
Queda em si.
Embaraços quase sempre
camuflados em cores expressadas
Agora contato de quem é.
Escuta do miocárdio.
É o choro visto do alto de si
choque de choro e cura,
rio na alma, luz e lama.
Conexão.
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