Está vazio o copo de café
Vejo vazios corações
No meu vazio ouço
silenciosos temores
numa dança de pouco passo
Está frio o papel
ao lado do café derramado
Lá fora lamentáveis decisões
Aqui, eu a resolver o próximo passo
E nessa rotina o que é desanimo
Me segura em medos
Fuga em tragos
que não te trazem, que não me levam
Cansada de dizer em papeis
Dança inquieta da alma
Mas, ora, somos todos solidão,
Sou resultada de vontades.
Vejo além de vazios
Sinto além de mim
Danço além do medo
E no meu café derramado
Ainda sou vontade de solidão.
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