Gosto dos descolados
Ando com gente desprendida
Antes chamados oprimidos
Somos potência conhecida
no amargo de almas sem ardor
Gosto de gente e de solidão
Sou intensa, sou afeto
Sou vontade de vida
Sou riso, grito e paixão
Corro o 'risco' que faço no chão
Pra seguir imensidão
Faço tudo, até um filho
Amiga da morte,
na poesia gótica sou lágrima
e soluços de risos
Se for preciso sambo
Só pra ser afeto no vazio
Quero que o mundo (re)exista comigo
Por isso entrego luz, sou e levo poesia,
tenho um ombro em cada amigo,
um mar em cada maresia
Suavizar a dor é preciso
Não nos cabem os desafetos
Gosto de quem levanta da cadeira
de quem vai além do que é concreto
Solucionando os flagelos
É como elevo o recato da minha voz
Aconteço no que busco de tudo que acredito
A multidão está alvoroçada
Vejo amores mal vistos, mal vestidos
Em dores e abraços me visto de alvorada.
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