O chão do meu quarto
Tem um conforto raro
Ao fim do dia
Depois do banho, do café
e da breve prosa
O chão que me espera
E por um momento ao menos
Tenho que me sentar
perto dos livros,
onde toco meu violão.
O chão que suporta tantos anos
Tantas histórias na estante,
a cama, tanto riso, vinho e dor.
Instantes em pensamentos distantes
Tantos anos, barulho, silêncio
Tanto vestir e despir
Tanto chorar, tanto prazer
no que escrevo, no que vejo
no que sou
E meu chão tanto suporta
Enquanto espera a minha volta
de tanta busca por mim.
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