Gosto dos descolados
Ando com gente desprendida
Antes chamados oprimidos
Somos potência conhecida
no amargo de almas sem ardor
Gosto de gente e de solidão
Sou intensa, sou afeto
Sou vontade de vida
Sou riso, grito e paixão
Corro o 'risco' que faço no chão
Pra seguir imensidão
Faço tudo, até um filho
Amiga da morte,
na poesia gótica sou lágrima
e soluços de risos
Se for preciso sambo
Só pra ser afeto no vazio
Quero que o mundo (re)exista comigo
Por isso entrego luz, sou e levo poesia,
tenho um ombro em cada amigo,
um mar em cada maresia
Suavizar a dor é preciso
Não nos cabem os desafetos
Gosto de quem levanta da cadeira
de quem vai além do que é concreto
Solucionando os flagelos
É como elevo o recato da minha voz
Aconteço no que busco de tudo que acredito
A multidão está alvoroçada
Vejo amores mal vistos, mal vestidos
Em dores e abraços me visto de alvorada.
De encontrar e desencontrar-me, sou em contos, em cantos, encantos. Sou a vontade de abraços. Sede de ser. Sou presença de mim. Porque sou este momento. Sou meus olhos, minha pele, minha alma, minha voz. Sou minha. Por ser tanto de mim, digo muito do que sinto em algumas linhas.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Em minha própria companhia
Transbordei sozinha
Porque foi só que me encontrei
Confortei meu riso
E tive o alívio
Porque enquanto doía
Era meu o abraço
Era meu o chão
O amor, a dor,
a solidão
Encontros quebrados
Não somaram nada
E fui embora do caos
Transbordei a lágrima
Pra poder sorrir
Relembrei canções
Me escrevi em linhas
Me preenchi
Era meu o tempo
Sem cigarros
Era meu o ar
Sem tragar a dor
que me cansava
sem chorar no ombro
de quem alcançava
Sem me embriagar do amor
Fui nado sem saber nadar
Serei de novo até não voltar
Mas por enquanto sou terra
Sou sobrevivência
Busca por luz,
qualquer transparência
Porque foi só que me encontrei
Confortei meu riso
E tive o alívio
Porque enquanto doía
Era meu o abraço
Era meu o chão
O amor, a dor,
a solidão
Encontros quebrados
Não somaram nada
E fui embora do caos
Transbordei a lágrima
Pra poder sorrir
Relembrei canções
Me escrevi em linhas
Me preenchi
Era meu o tempo
Sem cigarros
Era meu o ar
Sem tragar a dor
que me cansava
sem chorar no ombro
de quem alcançava
Sem me embriagar do amor
Fui nado sem saber nadar
Serei de novo até não voltar
Mas por enquanto sou terra
Sou sobrevivência
Busca por luz,
qualquer transparência
Passa
A vida passa
A uva-passa
O passo dança
Anda que passa
A data passa
A música não
A dor...
Escreve que passa
A ida passa
A volta passa
A poesia nunca
Vive e não passa
O caminho passa
A voz ao vento
Passa a palavra
Sinto enquanto não passo
A uva-passa
O passo dança
Anda que passa
A data passa
A música não
A dor...
Escreve que passa
A ida passa
A volta passa
A poesia nunca
Vive e não passa
O caminho passa
A voz ao vento
Passa a palavra
Sinto enquanto não passo
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
O chão do meu quarto
O chão do meu quarto
Tem um conforto raro
Ao fim do dia
Depois do banho, do café
e da breve prosa
O chão que me espera
E por um momento ao menos
Tenho que me sentar
perto dos livros,
onde toco meu violão.
O chão que suporta tantos anos
Tantas histórias na estante,
a cama, tanto riso, vinho e dor.
Instantes em pensamentos distantes
Tantos anos, barulho, silêncio
Tanto vestir e despir
Tanto chorar, tanto prazer
no que escrevo, no que vejo
no que sou
E meu chão tanto suporta
Enquanto espera a minha volta
de tanta busca por mim.
Tem um conforto raro
Ao fim do dia
Depois do banho, do café
e da breve prosa
O chão que me espera
E por um momento ao menos
Tenho que me sentar
perto dos livros,
onde toco meu violão.
O chão que suporta tantos anos
Tantas histórias na estante,
a cama, tanto riso, vinho e dor.
Instantes em pensamentos distantes
Tantos anos, barulho, silêncio
Tanto vestir e despir
Tanto chorar, tanto prazer
no que escrevo, no que vejo
no que sou
E meu chão tanto suporta
Enquanto espera a minha volta
de tanta busca por mim.
Um café derramado
Está vazio o copo de café
Vejo vazios corações
No meu vazio ouço
silenciosos temores
numa dança de pouco passo
Está frio o papel
ao lado do café derramado
Lá fora lamentáveis decisões
Aqui, eu a resolver o próximo passo
E nessa rotina o que é desanimo
Me segura em medos
Fuga em tragos
que não te trazem, que não me levam
Cansada de dizer em papeis
Dança inquieta da alma
Mas, ora, somos todos solidão,
Sou resultada de vontades.
Vejo além de vazios
Sinto além de mim
Danço além do medo
E no meu café derramado
Ainda sou vontade de solidão.
Vejo vazios corações
No meu vazio ouço
silenciosos temores
numa dança de pouco passo
Está frio o papel
ao lado do café derramado
Lá fora lamentáveis decisões
Aqui, eu a resolver o próximo passo
E nessa rotina o que é desanimo
Me segura em medos
Fuga em tragos
que não te trazem, que não me levam
Cansada de dizer em papeis
Dança inquieta da alma
Mas, ora, somos todos solidão,
Sou resultada de vontades.
Vejo além de vazios
Sinto além de mim
Danço além do medo
E no meu café derramado
Ainda sou vontade de solidão.
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Somatizado fenômeno
Um furacão estomacal,
uma tormenta e a neuro-conexão.
Seus fenômenos reflexivos,
A dor da alma é fatídica
Causadora de sensações
mal distribuídas...
Catástrofes assimilados
em pesados pesadelos
Humano, somatizado humano
Veja que tem sobre ti a própria luz
Abraçar a escolha da própria angústia
Deveria estar fora de tempo
O tempo está fora do ar...
Foi levado pela ventania
Ainda dá pra pisar neste chão
Faça sua própria direção.
uma tormenta e a neuro-conexão.
Seus fenômenos reflexivos,
A dor da alma é fatídica
Causadora de sensações
mal distribuídas...
Catástrofes assimilados
em pesados pesadelos
Humano, somatizado humano
Veja que tem sobre ti a própria luz
Abraçar a escolha da própria angústia
Deveria estar fora de tempo
O tempo está fora do ar...
Foi levado pela ventania
Ainda dá pra pisar neste chão
Faça sua própria direção.
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| Imagem da internet |
Morrer na multidão
Existe uma inquietude em mim
Em algum lugar introspecto
Num universo que possuo
Pois onde há paraíso
terríveis desconhecidos
podem se encontrar
Preciosas palavras
libertam-se até onde podem
Mas um grande tumulto
é exatamente controlado
Um jogo maior que o desejo
do meu universo.
E ninguém viu...
Então não ouvirão o choro,
não é válido
Existe uma reunião de dores
O lugar em cada um pode notar
Mas há sempre uma voz maior
que a interior
A voz unida para gritar é fraca
Isolou-se de novo o mais feroz
Um círculo vicioso é faca
vai continuar nos matando vorazmente.
Em algum lugar introspecto
Num universo que possuo
Pois onde há paraíso
terríveis desconhecidos
podem se encontrar
Preciosas palavras
libertam-se até onde podem
Mas um grande tumulto
é exatamente controlado
Um jogo maior que o desejo
do meu universo.
E ninguém viu...
Então não ouvirão o choro,
não é válido
Existe uma reunião de dores
O lugar em cada um pode notar
Mas há sempre uma voz maior
que a interior
A voz unida para gritar é fraca
Isolou-se de novo o mais feroz
Um círculo vicioso é faca
vai continuar nos matando vorazmente.
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