quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Seja de si
Leia-se
Leve-se
Eleve-se
Seja
Envolva-se
Sinta-se
Ame-se
Sorria
Escreva-se
Perca-se
Encontre-se
Viva
Traga-se
Trague-se
Agarre-se
Entregue-se
Devolva-se
Alcance
Comprometa-se
Meta-se
Estranhe-se
Entenda-se
Cante
Encante-se

domingo, 25 de janeiro de 2015

O buraco


Existe em mim algum buraco
Um vazio mesmo
Uma angustia que me sobra
Derramando
Transbordando em lágrimas, risos,
palavras.
Acho que convivo até bem com o meu buraco
acho que é bem importante esse envolvimento
com sentimentos mesmo quando doem.
Não se trata de vazio ou preenchimento.

sábado, 24 de janeiro de 2015


As vezes me pergunto qual o sentido de tudo isso,
Outras vezes me pergunto como saberia o sentido
do que não estou próxima pra sentir.
Outras tantas questiono se tem mesmo que fazer sentido.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Pés no chão


Descalçando a alma.
É como me sinto ao pisar no chão
Que é pra ver se faz sentido sentir
 que nada vai desmoronar
Pois quando permito que todos
os pedaços de sonhos caiam
 sobre minha cabeça,
os pés abandonam o chão.
As palavras, essas chaves que
ficam acima do plano em que agora piso,
escorrem sempre que consigo voar.
Pois é quando viajo que alcanço
o que desejo..
Espere! O mundo não pode desabar!
Pois assim poderíamos
ouvir as palavras nunca ditas
Teríamos novas coisas inteiras,
novos medos.
Vamos pés, alcancem o chão.
Mas não por muito tempo,
É que não quero coisas inteiras.
Já que nada do que é completo existe.
É  quando desabo que me encontro
No momento em que me abraço
é que me sinto
Mas é também na solidão que me vejo
E te vejo.
Na solidão vejo, almejo, alcanço.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Andando em linhas

Ando pensando em linhas.
Estas que fazem caminhos.
Não! Não me refiro ao caminho onde cabem os pés,
Mas sim onde pisa o pensar.
Este faz o caminho onde andam os pés,
Que levados pelas linhas, não as que vestem.
Sim as que conectam a arte de pensar.
Estas nos levam. Eu até consigo voar!
E pensar que quando piso...
Quando piso só, piso porque
nem sempre só, é bom voar.
E já que se trata de elevar...
Mas por onde andam mesmo as linhas?
Até onde vão as linhas?
As escritas, as mal pensadas, remendadas,
rabiscadas... Pra tanto, por nada!
E de de tanta palavra, nem se fala em
contato de olhar.
Ah! Este sim é que escreve o caminho
Inteiro ou não.
É por ali o caminhar, que de tão desalinhado
é capaz de prender e libertar.
Pensamentos que juntos constroem um olhar
Quando um olhar constrói pensamentos.

K.S

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Labirinto

Vejo-me como um labirinto e enquanto ando sempre me perco tentando entender caminhos. E essa é a graça. Busco-me, perco-me e encontro-me, misteriosamente encantada pela vida

domingo, 11 de janeiro de 2015

O que me inspira?

Me inspiro na vida
E também na morte
E entre estas duas, quando
Inteiramente nuas, é claro
Se apresenta o amor.

Ritmo de amar

Estranho é perceber o medo
mesmo querendo ir
Ainda mais estranho
É mesmo com medo não fugir

Correr risco sem saber
no que dará
Engraçado é confundir
felicidade e amar.
Medo no ritmo do coração

Sobre amor penso que
não se tem resposta
Assim também a felicidade...
Mergulho ou orgulho.
Questão de permitir-se ou limitar-se,

Sobre medo, mesmo com ele
Sempre vou.
E sofro, morro,
não volto quase nunca,
sempre sigo,vivo e sobrevivo

Na direção que meus pés vão,
no ritmo do coração.
Estranho confundir amor com
qualquer outra coisa

Se nesse caminho amor é só o amar
E está em coisas que não precisa explicar.
Se cabe ser feliz até num
segundo de solidão em qualquer lugar.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Poesia derramada

Olha só meu bem,
derramei um pouco de poesia
No meu café.
De fato, a lágrima molhou
o verso na sua mão.
Mas meu bem,
não é coração sangrando...
É música pelo avesso.
É só o que sinto na contra mão...
Pensamento andando.
Tenho medo de entender
E deixar de ser só o bem
Meu bem, me dê a mão
chore comigo antes
E vamos então morrer de rir.
Vamos morrer de sentir
Tudo que é necessário, sim.

Rabisco Sentido

Rabisco letras pra explicar o que não sai,
o que não digo, o que não canto.
No canto escrevi o que disse,
não na fala, não na poesia.
Foi noutros dias, quando na fantasia,
numa entrelinha lhe sorri.
Agora tem uma dança de letras,
um monte de coisas, uns discos e cartas.
Mas nada inteiro, nada além da taça.
O rabisco sentido do que desejo,
enquanto escrevo não dá pra sentir.
Certeza de tanto, agora busco,
ainda admirando a incerteza.
Intensa sei que é qualquer força de partir.
Por isso sou cheiro de vida, fico em cada instante
Meu peso de luz, leveza e coragem
Em vontade de sorrir
Não quero nunca ser distante
Quando uma porta abrir.