Tão breve costumam ser os momentos mais intensos
Falo não só do arrepio na pele sob o toque das mãos...
Desde então não são as mesmas horas passando,
nem os mesmos caminhos no meu chão.
A pele é fronteira que não separa o encontro de almas
No encontro de olhos é possível a aproximação verídica
No arrepio em silêncio a confirmação do que não é inverossímil
E nosso movimento é uma arte achando certeza em reticências.
Seja o peso da mão que amacia a pele suada,
o som da voz em sussurros flamejantes
ou a dança de movimentos marcando o espaço...
Somos quadro pedindo tinta fixa
ou talvez outra forma de abraço.
O mundo anda panofóbico, um caos!
E o meu mundo, que cabia tanta solidão
é agora preenchido de uma força centrípeta
que depois de algo súbito ficou e mudou o passar das horas.
É que "quases" não costumam ter chão, não são firmes
Como é translúcido o nosso encontro!
Estando em ti noto-me em braços fortes,
não que as pernas não cheguem a tremer...
O futuro não é preciso.
É como dançar na mesa em falso,
mesmo sabendo voar.
De encontrar e desencontrar-me, sou em contos, em cantos, encantos. Sou a vontade de abraços. Sede de ser. Sou presença de mim. Porque sou este momento. Sou meus olhos, minha pele, minha alma, minha voz. Sou minha. Por ser tanto de mim, digo muito do que sinto em algumas linhas.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Luz e sombra de mim
Com sabor de incerta leveza
Sou melancólica
Como o despertar de não se sentir em festa,
mesmo estando em uma.
Porque sou luz e sombra de mim
Me dou o direito de não me sentir
onde de fato não estou.
É meu direito estar em silêncio
Ainda que me encontre em comunicação.
Naquele espelho já fui fuga de mim
Em retratos e poesias busquei ficar,
o que em partes, nunca foi possível.
Nos olhos sim fiquei, mesmo indo.
Olhos dizem o que não cabe no papel
Nos meus tenho universos explodidos
Em cada troca sou potência de contato com o mundo
Troca de palavras impactam
Mas não o quanto olhos o fazem
Troca de suor é ficar na pele
Não o quanto os olhos fixam
Dentro do calar melancólico
Cabe ainda o barulho do olhar
Que se organiza em melodias não escutadas
Keya Souza
Com sabor de incerta leveza
Sou melancólica
Como o despertar de não se sentir em festa,
mesmo estando em uma.
Porque sou luz e sombra de mim
Me dou o direito de não me sentir
onde de fato não estou.
É meu direito estar em silêncio
Ainda que me encontre em comunicação.
Naquele espelho já fui fuga de mim
Em retratos e poesias busquei ficar,
o que em partes, nunca foi possível.
Nos olhos sim fiquei, mesmo indo.
Olhos dizem o que não cabe no papel
Nos meus tenho universos explodidos
Em cada troca sou potência de contato com o mundo
Troca de palavras impactam
Mas não o quanto olhos o fazem
Troca de suor é ficar na pele
Não o quanto os olhos fixam
Dentro do calar melancólico
Cabe ainda o barulho do olhar
Que se organiza em melodias não escutadas
Keya Souza
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