terça-feira, 29 de setembro de 2015

Linhas que nos cabem

Me chamou e fui
No caminho que 
Nos cabe "nús"
Despidos de papeis 

E andando em páginas
Nos abraçamos
Nos envolvemos
Nas linhas delicadas
Fizemos amor.

Linhas escritas 
Fizeram lençóis 
E nús de tanto desejo
Vestimos prazer
Fizemos amor

Escrevi você
Em salientes linhas
Com alguma suavidade
Na espera: Chorei
Na poesia: Me segurei









segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Vontade

Quando olho Pra você
Vejo... você.
Mas não sei o que
Em você, vem
A mim
O que sei é dessa
Vontade de ir passando
por cima das horas.

Quando falo Pra você
Quero dizer mais
Quando digo falta palavra
Deve ser porque essas coisas...
Sentidas coisas... não são coisas
Nem todo dizer consegue
Quando o assunto é sentir

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Você em mim

Lugares onde vou
Me levam a você
Me perco em outras coisas
Meus labirintos...

E quando me encontro 
Você me vem
Toma conta dos meus desejos
Meus pensamentos
Minhas linhas

O simples acordar me causa 
A beleza de começar o dia
Não só pela beleza das coisas 
Que espero..
O riso mais intenso 
Me vem com a lembrança 
de você 

O bom dia mais belo
Sabor de poesia
Como é bonito
Sentir o movimento
Que somos
Quando juntos estamos

Meu corpo pálido
Se arrepia com a voz doce
E firme no ouvido
Sua pele banhada em bronze, 
Me aquece
Registro no espelho um sorriso.



terça-feira, 22 de setembro de 2015

Harmonia sentida


Fui desprendendo de mim
Enquanto andava
em tua direção
Cheguei perto
e me dei conta
de uma força
bem maior que a razão

Por dentro ardia, não por acaso
Não sei por que...
Nem preciso.
Dias depois, você dizia:
"O corpo falando e a cabeça
tentando entender"
A força do desejo
nos envolvia.

De algum "canto",
Das águas azuis
O meu cantar te trazia
E de sereia me chamava
Que bonita e intensa
a nossa harmonia.

Espera

Não espero que cante
Comigo minhas glórias
Não espero que esteja
sempre pronto para mim

Espero que pense
que queira, que venha
Não o quanto quero,
o quanto penso, o quanto
me dou

Mas espero-te
Rever, sentir...
Espero ser o que
Espera e peço ainda:
Não espere!

E serei o quanto sou
E só.
Aí serei o nome
do sonho que busca

Não vamos mais esperar
Me dê a mão (ou não)
Quero teu olhar
Tua boca, teu calor
Sem medo de sonhar

Vestida em linhas

Abri a porta
Tirei os sapatos
Tirei a bolsa,
a blusa, os óculos
Tudo

Peguei papel, caneta
e os óculos.
Me vesti de poesia
investi em linhas
vazias

No chão da sala
Com coisas de mim
Ao redor, tinha luz
refletida

Nos papeis escritos:
Meus dizeres,
Meu desejos
Meus registros
De coisas descabidas
Transbordadas.

Ao meu lado: A taça,
A música,
No rosto a lagrima
Na boca um riso.

Na memória: a voz
Que me arrepia
Me entorpece
Em nostalgia

Na nudez das palavras:
A intensidade pura
da poesia.

Intensos

{Pra você}

Meu intenso
Meu belo poeta
Quando te vejo
Te desejo
Quando te falo
Te quero

E o tempo, esse velho sábio
Quem diria que traria este
Bonito sentir
Poderia eu temê-lo
Pela bagunça das horas

Mas embora o mesmo tempo
Me traga a cruel incerteza
O que não passa é o meu desejo
Do cheiro que vem de ti
Da voz firme e macia

E essa leveza que vejo em você
É o mesmo coração
Que o tempo não lembrou
E que se deixa confessar
na troca do olhar
Não será jamais medido
Destes sentimentos explodidos
O tempo não tem domínio

domingo, 20 de setembro de 2015

Um salve

Sempre sou salva pela música
Pela musica sempre valso
Salve a música
Salve a musa da valsa
Valse uma dança
Salve um pedaço desse mundo

Um talvez

As linhas
Que nem sempre dizem
Diriam tanto
Talvez aos prantos,
Ou aos cantos
Talvez...

Meus olhos dizem
Estes gritam
Quando olham os teus
De cores leves
Que nem sempre
respondem as cores dos meus

Mas sabes de mim
O quanto digo
O quanto sinto
Ao navegar o teu mar

E minha história
Com tanta bagunça
Não aprende a ser lida
Se faz sempre tão profunda
Num breve encontro com a tua

Mas minha intensidade
Tanto implode
De tanto que deseja
Pra não sofrer com
Todo esse talvez.


domingo, 13 de setembro de 2015

Ar de despedida


O fim de tarde 
sempre me atraiu 
Sempre me parece 
que nestas horas delicadas, 
o dia se despede 
disfarçando a tristeza 
de ir...

Estes momentos parecem
deitar-se sobre a humanidade
causando reflexões,
nem sempre tão monótonas, 
nem sempre tão confortáveis

O céu com seu ar suave de luz 
deixa o luar, 
que é Pra sentir que o dia 
não se foi de uma vez, 
pois esqueceu-se de buscar 
qualquer detalhe importante 
e por isso voltará.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

O voo é mais bonito

Mas quando você voltar
Não deixe que digam
Deixe-se ir
Deixe que notem
E volte

Quando tiver que ficar
Não pense
Não dispense
O desejo
Venha

Mas se ficar for
prender-se
Seja o que for
O prender-se...
Vá.

Serve

Não é poesia
Mas diz

O caminho de si em nós

Não permita que as nuvens passem 
por você despercebidas
O que delas você guardaria?
O chão que em ondas nem sempre macias
Lhe tocam os pés.
Onde te leva?

A beleza camuflada no tempo
Não é no espelho que se encontra
Não é no que se pensa que tem
A pureza no perfume das flores
O silêncio entre os sonhos da noite
Para o caminho do belo não há endereço
Para encontrar-se a caminho de si
Não há preço.
As nuvens que vê tem a mesma
leveza que transborda o teu olhar
Agora entendo porque todo esse azul
Assim se faz o sentido no quadro
que escolhi admirar
Por onde eu vou,
vejo algo te ti a me acompanhar
O mundo é bonito por existirmos
entre o céu e o mar
E em mim faz-se o encontro
Quando penso em voltar,
Quando desejo ficar
Lotada de amor agarro
A leveza de te abraçar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A paisagem em você

Uma explosão de ser
Rosto em perfeitos traços
Suave expressão
ouço na tua voz
que se aproxima num abraço
Senti...
Notei-me encantada.

Quão incontroláveis são
Os desejos mais intensos,
Os mais bonitos.
Como é voraz o meu querer...

O calor da pele se aproximava
Quando antes do beijo,
nossos olhares cruzaram-se e acordei.
Volto a admirar o quadro
Que de tanta vida expressa poesia

Suave ar, o que te rodeia enquanto
o cigarro se vai.
Minha atenção que dança instável,
Se desloca para outra dimensão
Em meio a tua fala, que me leva.