sábado, 25 de outubro de 2014

Na vida

Não espere, seja pensamento
Sinta, não lamente o que faz bem
São novos ventos
Decida o que lhe convém.
Espere, não desespere 
Olhe, é o amor é a dor.
Viva isso, morra disso.
Perca-se, sinta o que é preciso
Não, não escute o que não for
Escute-se, leve a alguém esse calor
Viva, dance, sorria e lance outro olhar
Mate o que for dor
Permita-se imaginar
Viva o que for, faça o amor
Alcance da alma o que pode escutar.
keya souza

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

vento insone


Num canto entre a noite e dia, a beleza do silêncio.
Busco tocar a calmaria enquanto lembro o dia que passou apressado como vento.
Olho o nada presente na escuridão
Chega a chuva e canta o que sou.
E vejo insone o que ainda nem vivi e já me levou.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Estamira

Ela tem uma formação
Uma mulher feita de vida
O que vivencia, a faz razão
Sua fantasia é em meio a tudo 
a mais real sanidade. 
Ela tem ondas, vento, chão.
É o que é, através do sentido 
que atribui.
Fazendo a própria teoria. 
Simplesmente vive, sente.
Não busca muito por isso encontra tanto, 
tem a sua filosofia.
Se torna assim, mais do que o amor
mais do que a agonia.
Capaz de expressar verdade, 
canto e euforia.
Enxergando mais do que tantos
Entre o lixo e a loucura da humanidade
Encontra uma linear contendo tantas respostas
por vezes ignoradas, por medo da verdade.

Keya Souza

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

brisa e pedra

Aí as vezes de onde você espera uma brisa leve, vem uma pedrada. Porque se a vida for leve demais você é levado. A humanidade deve aprender a segurar as pedras, isso deve resultar em construção.

domingo, 13 de julho de 2014

O impossível do amor

Não existe plenitude no amor.
O amor é impossível, por isso é tanto.
Não existe uma compreensão única numa relação,
por isso há sempre o que buscar no outro, por isso
 há sempre o que compreender no outro.
O amor se alimenta do que nele falta,
Acredito que a relação seja preenchida
pelo que falta no amor.

Keya Souza

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Humanos: seres tão livres, tão aprisionados
Livres para tudo, menos para deixar de sermos livres. Limite até existe, mas é o limite que torna possível a liberdade. O tempo todo livres pra escolher, podendo transcender. A angústia está presente em toda escolha, mas esta mesma angustia nos permite seguir ao sentir que algo não está no lugar, nos possibilita viver. Liberdade é movimento, não significa plenitude, não quer dizer escolher tudo ao mesmo tempo e  por isso é liberdade (de escolha). Escolhendo sorrir, chorar, ir ou ficar, falar ou não... Toda decisão tem grande importância, ainda que nos dê a sensação de escolha errada algumas vezes. Mas o erro não deixa de ser escolha, não deixa de ser parte do que somos. Esse PODER de decisão nos faz humanos: Seres que existem uma só vez, que conseguem ter um sorriso único, um jeitinho só nosso. Grandes poderes não poderiam deixar de trazer grandes responsabilidades e mais uma vez angústia e de novo o movimento de sair de uma situação angustiante, buscando alívio, mudança. A angústia e a escolha estão presentes até mesmo quando optamos por desistir.  O existir, não é simplesmente “ser”, mas o “vir a ser”. A capacidade de transcender, nos leva a ir além do que somos projetando um novo ser. A liberdade está presente no vir a ser, pois somos projetos do que desejamos ser. Somos liberdade, somos movimento. 

Keya Souza

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sobre a verdade: Busco sempre duvidar das minhas certezas, é na duvida que encontro possíveis caminhos

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Linhas incertas

Sou silencio e tempestade.
Adoraria fugir,
mas não sei se suportaria
a ideia de não ficar.
Sendo tempestade e calmaria,
encontro meu equilíbrio.
É  nessas horas que tenho
obsessão pelo desequilíbrio.
A vida só se alinha na morte.
Assim se faz fascinante
entre as linhas vividas.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

vida e poesia

A verdade é que a vida não se trata de uma poesia, mas ao vive-la como se fosse, se torna possível amar.

domingo, 16 de março de 2014

Algo de mim se perdeu, mas não foi em vão
junto ao vazio veio algo novo. Continuo então
sendo metade, um ser nem cheio nem vazio.
Há sempre o que preencher, como há
também o que derramar. O vazio é capaz
de transbordar