Não peça que alguém lhe seja inteiro
Se, inteiro à alguém, não deseja ser!
De encontrar e desencontrar-me, sou em contos, em cantos, encantos. Sou a vontade de abraços. Sede de ser. Sou presença de mim. Porque sou este momento. Sou meus olhos, minha pele, minha alma, minha voz. Sou minha. Por ser tanto de mim, digo muito do que sinto em algumas linhas.
quarta-feira, 22 de julho de 2015
quarta-feira, 15 de julho de 2015
Amor entre barulhos
Nascemos desconhecidos, aprendemos que somos capazes de andar, seguimos passo após passo. Na infância os dias passam devagar, como se a vida adulta morasse em outra história. Mas quando chega a adolescência, quando nos damos conta de que a infância está indo embora... Um tanto astutos e as vezes meio desesperados, começamos a nos procurar. Chegam dias e noites cada vez mais presentes e cada vez mais de perto conseguimos nos sentir. Sentimos então o quanto somos felizes, o quanto somos tristes, o quanto de nós alcançamos e o quanto de nós deixamos no passado. E o passado cada vez mais vestido do que passamos a ser, fica em silêncio e as vezes grita quando se sente somado ao que construímos. E é quando buscamos numa daça (ninguém está olhando), quando sorrimos aos que nos rodeiam, quando abraçamos, quando reencontramos um amigo e conversamos durante horas... Nesses momentos somos o que viemos buscando desde sempre. Entre responsabilidades estabelecidas, entre barulhos do trânsito, noticiários, em meio ao "fetichismo do capitalismo" (diria Marx), e tantas outras máscaras que nos "forçamos" a vestir, no cotidiano, só pra nos dizermos FELIZES, nos esquecendo de detalhes que nos fazem bem. Tão simples seria não ligar ou diminuir as horas em frente a TV, desejar bom dia, abraçar amigos, sorrir de ida e de volta, esclarecer mal entendidos, explicar o que já está bem entendido (olhos nos olhos), buscar as próprias opiniões, respeitar e entender que o outro também tem as suas... Tenho a impressão de que de tanto olharmos o celular enxergamos cada vez mais o próprio nariz. O tempo está correndo e não quero perde-lo arrumando papeis. Quero encontrar tempo onde não tem: Dando meus passos tranquilos em meio as pessoas, perder-me em abraços, cantar pra ver se os males se espantam mesmo (rs). Nisto e em tanto mais está o amor, está o que tivemos quando tudo parecia leve.
Percebo o bem estar na poesia, em perfumes de jardins, em conversas sobre o pensar, em calçadas e praças, nos bons livros, na sobremesa (especialmente quando vem antes do almoço), no amor pelo que faz, prosa com estranhos... O amor está aí.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
Imagem escrita
Queria muito ñ escrever mais emoções
que teimam em escorrer da alma...
É que escritos são fotografias.
E nem todas as recordações me causam riso.
Ah, não! Até o não querer, foi agora registrado.
Devo então considerar nisto algo de alívio.
A parte que de mim canta um sorriso rabiscado.
Levo assim em conta toda a escultura no papel,
a que parece estatizada.
E de mim a dor levada,
que teimam em escorrer da alma...
É que escritos são fotografias.
E nem todas as recordações me causam riso.
Ah, não! Até o não querer, foi agora registrado.
Devo então considerar nisto algo de alívio.
A parte que de mim canta um sorriso rabiscado.
Levo assim em conta toda a escultura no papel,
a que parece estatizada.
E de mim a dor levada,
mostra apenas e em tanto
a dor do riso deixando alma lavada.
a dor do riso deixando alma lavada.
quinta-feira, 9 de julho de 2015
O amor que te vi
Tão belos olhos
Os que me encorajam,
Quando me vê,
Me vem,
Me chama,
Me ama.
Tão bela a voz,
A que me fala,
Quando me cala,
Me acalma,
Me canta,
Me encanta.
Tão quente a pele
A que me toca,
Me aquece,
Me arrepia,
Me movimenta,
Delicado poeta
De força desconhecida
O que em ti vi
Quase me veio
Sorrisos soltos
Os que te preenchem
Parecem moldar-te
Fuga do que foi dor...
Equilíbrio em ondas
Que te leva a escolher
Olhos distantes
Vozes que enganam.
Tão incerto o tempo
O que te para
O que te leva
O que me deixa.
Os que me encorajam,
Quando me vê,
Me vem,
Me chama,
Me ama.
Tão bela a voz,
A que me fala,
Quando me cala,
Me acalma,
Me canta,
Me encanta.
Tão quente a pele
A que me toca,
Me aquece,
Me arrepia,
Me movimenta,
Delicado poeta
De força desconhecida
O que em ti vi
Quase me veio
Sorrisos soltos
Os que te preenchem
Parecem moldar-te
Fuga do que foi dor...
Equilíbrio em ondas
Que te leva a escolher
Olhos distantes
Vozes que enganam.
Tão incerto o tempo
O que te para
O que te leva
O que me deixa.
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