quinta-feira, 30 de abril de 2015

Ser e sentir

Agarro-me a mim e a tudo que é sentir
Agarro-me ao que sinto no amor
que inerente a dor, de tanto que traz, 
De tanto que causa... Sou.
Entrego-me fácil quando percebo a beleza
porque é na poesia que me construo
Ninguém falou que poesia não doía
Não é a "não dor" o que espero
Não é o amor na mesma medida
o que espero (nem tem medida).
O que quero enquanto vivo
É o abraço de quem vive,
O amor de quem tem, 

A poesia de quem é.

sábado, 11 de abril de 2015

Viver é poesia


Tenho um mal ou um bem...
Que me inquieta e me preenche
Isso de ver em tudo que faço
alguma poesia

Poetizo-me, mas nunca o suficiente
É belo não ser preenchível
Nestes detalhes sinto minha
vontade de viver,
é assim que aconteço.

Nestas flores, nos olhos de criaturas felinas
Nas intermináveis palavras escritas
Movimentos desde pensamentos
ao envolvimento na dança ou no abraço,
na troca de olhar.

Belas canções ouvidas,figura e fundo,
mensagens de desconhecidos
que pelas ruas são intercruzadas
Abraços assistidos e sentidos olhares

Poesia sentida sem causa
Abraço de causa
Vejo a beleza sempre no que pode ser preenchido
Abraço assim toda poesia que alcanço
Todo sentir pode ser transbordado.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

O que é importante?

Quem é você  e quem sou eu?
Que de comum só temos, entre outras coisas,
a fé em Mourão.
Quem somos?
Quem é que sente nossos amores,
que entre tantas dores, prefere as das cores?
Dos olhos, das flores, cantadas luas na noite.
Gente que é linda quando muda,
seja de roupa ou de abraço
algo que não dói é a ternura.
Mudando de geração, de abraço e de mão
Mudamos de choro pra riso,
De conto pra livro
E do choro num mito a gente livra do espelho
uma culpa.
Oferece sorriso
Num olhar o brilho.
Quem é essa gente que de tanto
que volta a si, culpa-se.
Pra esquecer de amar
Com tanto a nos importar...
Olha só no que estamos pensando.