terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Só há caminho se há sentido


O mundo desilude,
na medida em que me iludo
Tenho sensações buscadas
nas quais sinto a irreal satisfação
das contradições.
Aqui, nos momentos em que como
respostas mal digeridas,
Faço horas passadas do avesso,
Sou sala para amores que são,
do avesso, mal passados.
Do amor é que tomo impulso...
Dessa dor, amanheço meus dias
Consigo ainda achar sentido,
mesmo quando me pergunto
onde depositar sentidos perdidos.
Os outros, sei bem,
lançam seus sentidos ao futuro
Esse presente distante.
O meu presente...
Este também é agora passado,
vez ou outra, mal passado.
Onde sintetizarei meus valores,
meus amores e algumas dores?
Vou-me instituindo até onde der.
E entendendo a quem deixa de ir,
pois se há algo que não faz sentido
é seguir sem o principal impulso.





quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Às belas almas

As melhores almas são sensíveis.
Talvez não sintam-se em paz.
As melhores almas
moram em pessoas lindas,
Estão inquietas
Os sensíveis permitem-se
em alguma liberdade
respirar em suas prisões,
gritam e alcançam.
Não o imaginado ideal,
Mas o alimentado conhecimento.
As bonitas almas conheço e desconheço
São transparentes,
lutam vorazmente.
têm olhos que brilham,
Invadem conformismos
São capazes de amar
e odiar pelo avesso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Abrigo-te em saudades


Eis que uma dor cheia de tentáculos de luz

Me envolve ardentemente
Enquanto o grito dos meus olhos 
molham lembranças que ardem de
forma tão doce e tão vazia!
A dor que agora me toma
é a unica forma de tê-lo em mente.
Esta que já não me tem como fui!