segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Enquanto sou tempo

Me apego facilmente a grandes almas
Almas que tem fome, que tem vida
que sorriem e choram  
Sorrio a quem grita desejo
Almas que matam vontades.

Me agarro a olhares
Que se voltam pra a lua
Ao seu quando me vê sua
Me mantenho levada a movimentos
Tempo transformado em espera
Estranhos momentos

Mergulho na poesia tão nua
Levo-me em sorrisos
Onde não caiba o choro
Causado pelo veneno que escorre
Em pensamentos
acontecidos numa espera

E o tempo que por mim passa enquanto
Sou rua pra não ser laço
Enquanto não passa o tempo
Eu passo, me faço e desfaço
Em bonitos momentos
Escritos pensamentos.