Não quero alguém que me jure amor inteiro, eterno...
Quero apenas o que for verdade, alma sentida.
Não uma viagem em promessas.
Sorrisos cobrados não vêm de amor.
Quero sorrisos colhidos, acolhendo sentidos.
Não só transbordando palavras
Ou o toque do corpo
Além da quimera, que de intensa, é também importante
Quero ainda o abraço de almas
O olhar que acalma
O melhor dos amantes.
Tinha uma agitação de águas
Uma dor não descritiva desenhada em palavras caladas
Dizeres que saiam atropelando qualquer linha de pensamento
Tinha muito ali. Tinha medo, vergonha e culpa
E era muito mais,
já que antes de mais nada era mar de emoções
Quando a dor tornou-se grito
Era palavra derramada
Rio tomando forma, alívio sentido
Emoção alinhada em catarse
Estive presa em mim
Então tivera a sua presa e era eu
Mas não o eu que agora sou
Tivera quem quis acreditar que eu era
Estive presa então
Protegia a minha verdadeira vontade,
Minha duradoura pressa de sair
Protegia- me não de ti, nem do mundo inteiro
Era pura austeridade mantida para garantir
Que não me soltaria de mim
Mas sim, soltei a tua mão
Me vi num turbilhão de vontades
Me vi além e além do mais me vi
Porque sai da gaveta guardada em mim
Estive diante de mim então
Porque sou agora busca de desprendimento
Sou tentativa em equilíbrio
Atrevimento na medida a partir de quem sou a cada momento.
Keya Souza
Ouça-nos! Somos silêncio e barulho.
Risos, palavras, escuta.
Veja!
Chão por vir, desejo do devir...
Somos a vida em suas fases sentidas.
Somos início de um ciclo, construção.
História sendo escrita.
